domingo, 27 de março de 2011

O que signfica investir na leitura dos filhos?

É comum dialogarmos com pais sobre a dificuldade que possuem no momento de garantir tempo para a leitura quando crianças e adolescentes estão em casa.

Diante desse quadro temos que nos remeter às ações dos pais desde a primeira infância do filho(a). E algumas perguntas são inevitáveis:

- Quando sai com seu filho(a), nos finais de semana, quanto tempo dedica para visitar alguma livraria (ainda que para mera leitura sensorial: sentir a qualidade de um papel), por exemplo?

- A caminhada num shopping acontece sempre pelo mesmo motivo, ou seja: hora da refeição em lanchonetes renomadas? Na sequência, adentram alguma livraria para (ao menos) analisar imagens, ler títulos, manusear livros e dedicar algum tempo nesse espaço?

- Em casa seu filho é incentivado a ler rótulos, bulas, prazos de vencimento dos produtos os quais serão utilizados para a refeição do dia, panfletos deixados na caixa de correspondência e até mesmo observa que seus pais realizam tais ações?

- Destina tempo para que ele te conte sobre o que aprendeu com os livros (da escola) ou demais revistas da área de interesse dele chegou a comprar? Discutem juntos?

Tais ações, que parecem sem consequências, tornam-se determinantes no momento de "esbravejar": "Meu filho não gosta de ler!".

É fato que hoje a leitura concorre com mídias cada vez mais interativas, instigantes e rápidas, mas algo imperceptível está se perdendo e que temos nas mãos um grande trunfo, ainda (enquanto pais e educadores), acordar os sentidos que elas fizeram adormecer.

Já notaram o quanto encanta o cheiro de um livro novo? E a descoberta de que o último livro de uma coleção que seu filho procura há tempos, estava num sebo?

E descobrir ainda, quão lisa e agradável é acariciar a capa daquele livro de cores tão atrativas? E a qualidade das ilustrações, daquele jeito e forma, como foram organizadas ali dentro?

Há muito para se descobrir sobre um livro e "o livro". Mas, para que tudo isso aconteça é necessário acreditar nele: investindo tempo e dedicação.

Luciana de Cássia Gazzi

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ENCANTAMENTO PELA ESCRITA: é preciso cativar o ouvir!

Ao longo de dezenove anos dedicados ao magistério e, a conviver diariamente com crianças e pais, uma das principais perguntas questionadas era: "Como posso fazer para meu filho gostar de escrever?".
É fato e todos já são conhecedores da resposta que: "Se há repertório na família e contato com diferentes gêneros na escrita, crianças e adolescentes passam a apreender essa realidade e, em algum tempo, passaram pelo movimento contínuo da escrita".
O que poucos transmitem a pais é que o primeiro momento a fomentar o ENCANTAMENTO pela escrita, deverá nascer o exercício de OUVIR! Há que se ter tempo para contar-lhe coisas engraçadas, histórias de avós, "causos" da infância dos pais e aos clássicos, sempre solicitados.
É através da oralidade, como no passado, onde as histórias se faziam para envolver a adultos e crianças, sem pre com alguém mais velho, a dizer uma narrativa. O tempo não era percebido, tampouco o medo da escuridão.
A tradição oral deve continuar e o fator determinante é: gostar de contar para cativar! Ler para uma criança, nao pode der obrigação, pois nesse momento o que falará alto ao deseja dela será a alegria do contador de história. Acreditar que cada personagem passa a viver ali, naquele tempo e momento com vocês é o motivo do despertar do encantamento.
Muitos livros então, passarão pela mão das crianças, mas nenhum irá substituir aquele imaginário (que não estava em nenhum livro) mas, na imaginação de seus pais e educadores.
Que possam ouvir a muitas histórias, mesmo antes de nascerem!
Luciana de Cassia Gazzi
http://ogatodotelhado2.blogspot.com

quarta-feira, 10 de junho de 2009

OPORTUNIDADE AOS NOVOS AUTORES...

Diante do que já ouvi e assisti aos profissionais que acompanham de perto o mercado editorial, torna-se evidente que toda ideia e espontaneidade deve deixar suas asas muito bem guardadas para ceder espaço à fôrma do que dita o momento. A escrita para com este novo perfil de autor deve suprir a necessidade do leitor em algo. Já houve o momento dos seres imaginários, da riqueza em passos, da felicidade em etapas, da conquista do homem ou mulher ideal em duas semanas. Para com outras tendências, as pessoas descobriram que precisam dialogar com Deus de alguma forma, surge então o nicho de mercado para com os profissionais e especialistas que deixam muito bem ao seu estudo e recado. Diga-se que, para muitos, trata-se de merecimento a tal espaço e abertura de mercado.
Tudo, feito moda, acompanhando tendências!
Realize a experiência: analisem as vitrines de diversas livrarias ou listagem dos mais vendidos (em diferentes gêneros). Logo irá constatar que se um livro resolve relatar com um determinado animal mudou sua vida e relacionamento, ao lado outros estarão autores a contar de outros bichos, que ora ensinaram algo a eles ou mudaram suas vidas para sempre.
A verdade é que trazer um livro do exterior ao Brasil (comprá-lo) e investir para com um lucro que é certo, constitui-se em aposta bem mais certeira ao possível novo autor que já está aqui.
Parece que o mercado responde: "Não podemos correr riscos!" E, confiantes em nosso "taco", respondemos: "Então, investimos em nós mesmos!".
- Quais os riscos? - devem se perguntar.
- Todos os imagináveis e aos que não achava possível existir ou acontecer, como por exemplo, descobrir que seus melhores amigos, parceiros de profissão, também não depositarão credulidade em seu projeto!
E continuar depois de tudo isso é mesmo: superação, resiliência, teimosia, insistência (quase que inconsequente) mas que um dia nos disseram para investir em tudo que nos assegura fôlego, nossos melhores sonhos e fazeres nesta vida!
Que um dia, (talvez utopia), seja obrigatório investir em autores nacionais para poderem comprar quotas de ideias de outros países. Temos muito talentos por aqui! Precisamos apenas de oportunidade!
Considerações: reitera-se de que nada há contra qualquer autoria ou qualquer ideia possível de ser comparada neste espaço, tampouco nada existe contra qualquer espaço concedido a autores de outros países junto às editoras, já que deve e deveria existir espaço para todos!